sábado, 22 de novembro de 2008

Uma História Milenar...

Desde as civilizações mais antigas as roupas estão presentes de várias maneiras, formas e utilidades. De acordo com as histórias Bíblicas, Eva após ser expulsa do Paraíso junto com Adão, teve que confeccionar suas próprias roupas após perder o manto divino. Cientificamente, desde a Pré-história o homem utilizava as peles dos animais caçados para proteger-se do frio.
Uma das civilizações mais antigas que se tem registro, a Egípcia, já tinha as roupas para outras finalidades fora a de proteção: Demonstrar Status Social. Além de separar hierarquias, as roupas já demonstravam a diferenciação entre os sexos. Os homens utilizavam o Chanti, espécie de saia que os cobria da cintura para baixo, enquanto as mulheres usavam o Chanti e o Kalazires, espécie de xale para proteger o colo. Os tecidos utilizados eram os vegetais (Linho e Algodão), pois a fibra animal era considerada impura. Enquanto os escravos se vestiam somente para o fim de proteção, os nobres já ostentavam acessórios. Braceletes de ouro, colares e coroas eram usados para demonstrar toda a riqueza que faraó possuía. Um dos principais símbolos da beleza feminina, a maquiagem, vem também dessa época, onde as mulheres já a usavam no olho, que era sempre marcado com preto e pintado com sombra verde.
Na Era Medieval, as roupas passaram a ter uma importância ainda maior: a de Proteção Vital. Com as Guerras, Invasões e Cruzadas foram desenvolvidas Armaduras e Escudos para a proteção dos Cavaleiros. Durante o Império Bizantino (Fim do Império Romano), os imperadores vestiam túnicas bem decoradas, feitas de seda, fiapos de ouro, pérolas e pedras preciosas. Usavam também mantas, cachecóis - que protegia o pescoço e cabeça – e longas e firmes meia-calças. Não havia grandes distinções de roupas femininas e masculinas.
No período Gótico as roupas seguiam quase os mesmos padrões dos anos anteriores, porém eram todas feitas em tons escuros, devido à Arquitetura e ao espírito da época. As mulheres usavam véis e panos para cobrir o pescoço por ordens religiosas e os homens usavam capuzes.
Com o Renascimento na Europa as mudanças ocorreram em todos os segmentos: Artes, Arquitetura, Literatura, Religião e Moda. As roupas passaram a ter mais cores, brilho e a serem mais ousadas, onde as mulheres passaram a exibir o colo. Após a Revolução Industrial houve uma mudança muito importante para mundo. O que antes era produzido de maneira artesanal pelos costureiros e alfaiates, passou a ser produzido em grandes quantidades pelas máquinas movidas à vapor e com isso o preço das roupas caiu e os artesãos faliram.
A Moda assim passou a mudar com mais freqüência e rapidez, porém somente os reis e rainhas podiam adquirir as últimas novidades do ramo. Foi nesse período que o estilista Charles Worth aparece e muda o conceito de sua época. Naquela época, os costureiros ofereciam seus serviços à nobreza e demonstravam suas criações de reino em reino e foi aí que Worth teve a idéia de inventar as Coleções de Moda. Ele desenvolvia vários modelos e promovia Salões de Exposição - Prét-à-Porter - para mostrar suas criações para a nobreza, que o procuravam por desejar modelos exclusivos e comprar as novidades da costura.
Ao longo do século XIX, as roupas passaram a ficar mais simples e leves. Na primeira década de 1900, o estilista Paul Poiret revoluciona a moda deslocando a cintura – que sempre foi muito marcada através de espartilhos - para baixo dos seios, desapertando a silhueta formal e trazendo assim, um novo conceito de moda pautado no conforto e no luxo dos tecidos leves.

Um breve panorama da Moda no Século XX

Anos 20 - Uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das Jazz Bands e pelos filmes de Hollywood. Foi nesse cenário que a estilista Coco Chanel despontou. Com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos, Chanel lançou moda para o mundo sempre com muito sucesso.

Anos 30 - A moda dos anos 30 descobriu o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de sol. O padrão de beleza da época era a mulher magra, bronzeada e esportiva, como a modelo Greta Garbo. Foi nesse cenário que a surpreendente italiana Elsa Schiaparelli iniciou uma série de ousadias em suas criações, inspiradas no surrealismo. Seu estilo moderno e excêntrico a fez criar um tom de rosa eletrizante, o famoso rosa choque.

Anos 40 - Em 1940, a Segunda Guerra já havia começado na Europa. A cidade de Paris, ocupada pelos Alemães já não contava com todos os grandes nomes da alta-costura. Muitos estilistas se mudaram devido às repressões e aos racionamentos de compra e utilização de tecidos, mas apesar de tudo isso, a Moda sobreviveu á Guerra. Na Grã-Bretanha, o Fashion Group of Great Britain, comandado por Molyneux, criou 32 peças de vestuário para serem produzidas em massa. A intenção era criar roupas mais atraentes, apesar das restrições. Os principais estilistas de destaque da época foram Nina Ricci, Jacques Fath e Charles James.

Anos 50 - Com o fim dos anos de guerra, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo New Look, de Christian Dior. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além de luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias.

Anos 60 - Os anos 60 foi uma explosão de juventude e de grandes mudanças no comportamento. Influenciados pelo Rock N’ Roll e pelo cinema, os jovens transgrediram todos os conceitos e buscavam a liberdade. Dentro desse contexto, o estilista André Courrèges fez uma revolução na moda com sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas, jeans e camisas sem gola. Enquanto isso, Yves Saint Laurent criou vestidos tubinho inspirados nos quadros de Mondrian e ousou trazer elementos da moda masculina para sua coleção, como o tradicional smoking feminino lançado em 1966.

Anos 70 - A década de 70 foi um tempo onde todas as culturas e estilos tinham destaque e espaço. Marcada por vários movimentos culturais, gerou uma explosão de elementos, e ficou marcada pelo modo de vestir “tudo junto”. Os principais estilistas foram Biba e Ossie Clark.

Anos 80 - Década marcada pelo exagero, ostentação e cores vibrantes. Todas as roupas de marcas conhecidas tinham seus logos estampados no maior tamanho possível. Época marcada também pela prática de esportes, onde a Polainas e Collants entraram em cena. O Jeans chega ao seu ápice ganhando status. A modelagem era cintura alta e ombros marcados por ombreiras. Na música, O punk, o New Age, o Break, o Rock e o Pop glorificaram sua influência na cultura e modo de vida dos jovens.

Anos 90 - Até a metade dos anos 90, o exagero dos anos anteriores ainda influenciava muito. Entretanto, o Grunge, movimento musical de rock da época, influenciou a moda e o comportamento dos jovens. Com estilo despojado, calças/bermudões largos, camisas xadrez e tênis All Star viraram mania entre os jovens. No mundo fashion, Marc Jacobs trouxe novos modelos e uma moda mais natural às passarelas.

O Novo Século
A seqüência de releituras dos anos anteriores e desenvolvimento de fibras tecnológicas e eco tecidos são o marco da moda do novo século e o espelho da preocupação atual com o meio ambiente. Vamos ver o que mais o futuro e a moda nos reservam!
Fontes: Especial de Moda Folha Online; Matéria Prima; Wikipédia e Arquivo Pessoal.

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